I'm not a robot

CAPTCHA

Privacy - Terms

reCAPTCHA v4
Link



















Original text

Muitas vezes acontece quando surge um desconforto interior, você sente algo, mas não consegue entender o que é. Sensações vagas e vagas, seja ansiedade ou irritação, ou talvez outra coisa. Essas sensações, como uma fera misteriosa sentada debaixo da cama, não permitem que você exista normalmente. Então talvez valha a pena ver esse monstro desconhecido à luz das lâmpadas e ainda dar um nome a ele? Mesmo nos tempos antigos, as pessoas adoravam os fenômenos naturais: trovão, sol e chuva. Animais fortes, como o urso, também eram tidos em alta conta. Esta fera causou tanto medo e horror entre os antigos eslavos que eles tentaram chamá-la alegoricamente, para não causar problemas. Talvez seja precisamente desde tempos imemoriais que exista a “tradição” de manter silêncio sobre o que é tão emocionante. E no mundo moderno é difícil para nós expressar nossos sentimentos e estados em palavras, transmitir nossas experiências e compreender outras pessoas próximas a nós. Em psicologia, existe um termo especial “alexitimia”, que se refere à incapacidade de falar sobre as próprias emoções. Existem dois tipos desse fenômeno que surgem como resultado: 1) distúrbios nas estruturas cerebrais, 2) estresse constante, convulsões e peculiaridades da criação na família. Não tocaremos no primeiro caso, mas o segundo é de maior interesse, porque As origens vêm da família com todos os seus fundamentos e tradições. As estatísticas mostram que cerca de 25% da população mundial apresenta sinais de alexitimia. A criança cresce e, junto com o conhecimento dos objetos do mundo ao seu redor, aprende o mundo de seus próprios sentimentos e emoções. Porém, a aprendizagem ocorre apenas com a ajuda dos adultos, pois neles, como num espelho, a criança vê a si mesma e às suas condições; Quando uma criança começa a chorar, a primeira reação dos adultos é parar imediatamente os gritos de partir o coração. No luto, encontram-se os motivos do choro (alguém pegou um brinquedo, um cachorro se assustou ou é impossível montar uma pirâmide), mas quase sempre se esquecem do mais importante - os sentimentos da criança. Talvez ele estivesse com medo, ou sentisse dor, ou talvez estivesse dominado pelo ressentimento. Emoções silenciadas, como um vazamento de gás em uma sala, são invisíveis, mas as consequências às vezes são terríveis e podem levar a muitas doenças chamadas psicossomáticas. O que fazer? Como criar uma geração de filhos saudáveis, emocionalmente maduros, capazes de compaixão e compreensão de seus sentimentos? A resposta é simples: converse com seu filho sobre os sentimentos, o que está acontecendo com ele e como você se sente. Isto é muito incomum para a nossa mentalidade; preferimos ficar calados, fechar-nos em nós mesmos, mas não levantar um tema que às vezes não entendemos, porque ninguém nos ensinou isso. Às vezes é como aprender um novo idioma, pensar no que dizer e escolher as palavras com cuidado. Porém, este é o caminho certo para compreender as outras pessoas e, antes de tudo, a si mesmo. Um homem sábio disse certa vez: “Ouça seu corpo quando sua mente não consegue falar sobre seus sentimentos”. Concentre-se nas suas sensações, se sente calor ou frio, onde há formigamento ou dor, preste atenção na sua respiração e no que está acontecendo no seu estômago. Encontre o local do corpo onde o desconforto está mais concentrado e tente descrever a sensação interna de acordo com os critérios: quente ou frio, duro ou suave, pesado ou leve. Qual é a sensação? Com o que se parece? Como isso soa? Qual é o cheiro? O que é esse sentimento? Esta técnica parece sintonizar todo o corpo com a consciência do que está acontecendo. Começamos a nos ouvir, a perceber as menores mudanças, o que significa que estabelecemos contato conosco e com nossos sentimentos. Ao nos compreendermos, damos um bom exemplo aos nossos filhos e damos-lhes a oportunidade de conhecer o mundo em toda a sua diversidade de emoções e sentimentos..