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Do autor: Apenas reflexões sobre a vida e os relacionamentos :) Outro dia a assessoria de imprensa deveria ter vindo à faculdade para filmar uma reportagem publicitária sobre um novo rumo. O tempo passou e a equipe de filmagem atrasou. O local das filmagens já estava preparado há muito tempo, o “cenário” montado, os “atores” corriam de um lado para outro em condições amenas e pouco ansiosas. Aí recebo um conselho: vá, apresse o chefe da assessoria de imprensa, lembre-me que ainda estamos esperando muito por ele, não podemos ficar sem ele. Ou seja, estamos necessitados - não temos forças. E eles riem - dizem, quando você precisa organizar alguém, trazê-lo, levá-lo embora, convencê-lo, matá-lo de fome - isso é da sua competência. Não, eu digo, pessoal, desisto, não jogo mais esse tipo de jogo e naquela hora pensei nisso. Quanta energia muitas vezes gastamos em relacionamentos nos quais recebemos tão pouco, em negócios que não trazem retorno, em planos que não estão destinados a se concretizar... A questão é: por quê? Bem, parece que tudo isso vai acontecer, mas algum tempo depois, num futuro distante. Eles virão, verão, finalmente apreciarão nossa inteligência/atratividade/incrível organização mental/capacidade de trabalhar bem em equipe/bem, e mais abaixo na lista, quem gostar do que você mais gosta, substitua você mesmo. E aqui está o paradoxo - quanto mais você tenta, se curva, investe em relacionamentos com a intenção de de alguma forma mudá-los, “reconstruí-los” (com a ilusão de que os relacionamentos podem ser construídos a seu critério) - menos retorno e mais mais perceptível o vazio e a decepção. Porque tudo o que existe está aí imediatamente, já agora. Nada mais será acrescentado a isso. Certa vez, lembrei-me de meus relacionamentos muito diferentes com as pessoas e cheguei à conclusão de que todos os relacionamentos ficaram claros para mim imediatamente, nos primeiros minutos, do que se tratava. Só que às vezes escolhi esquecer, não lembrar, “mudar de ideia”. Quando você vê uma pessoa pela primeira vez, o pensamento mais seguro sobre um relacionamento será aquele que vier primeiro à sua mente. Não aquela que você “pensa”, que você alcança logicamente, por meio de inferências, mas justamente aquela que surgiu, ao que parece, de repente. E os sentimentos que acompanham tudo isso e as sensações também são importantes. Isso é tudo – um elenco de relacionamentos futuros. Mas está bem aqui. As pessoas com quem eu conseguia fazer bem as coisas eram fáceis de encontrar no meio do caminho, era simples e confortável estar com elas. Uma tarefa que valeu a pena assumir foi bem-sucedida, não importa o que aconteça. Sob esse prisma, parece-me óbvio que é inútil tentar fazer algo com um relacionamento que, em primeiro lugar, não existe. Não - e não haverá. É verdade que para ter o que já existe, às vezes vale a pena fazer alguma coisa. Refiro-me agora às relações pessoais, claro, embora isto também se aplique, até certo ponto, a outras pessoas. Existem muitas pessoas ao redor das quais não há necessidade de esperar muito, para convencer de algo, cuja atenção, amor e favor não precisam ser conquistados. Às vezes vale apenas apontar o óbvio. E aí, você vê, a assessoria de imprensa vai se atualizar, e os demais, surpresos por não serem fortemente convocados, insistem. Mas não... Bem, significa apenas que não estamos no mesmo caminho.19.06.2011.