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Do autor: Viver para os outros é familiar e, em certo sentido, seguro. Mas e se lembrarmos que sou o personagem principal do meu próprio romance chamado “Vida”? Em breve terei 33 anos. Quase metade da minha vida ficou para trás. Quantas páginas já foram escritas... Num caderno especialmente adquirido para esse fim, na primeira folha de papel disponível ou num guardanapo. Em arquivos salvos em diferentes pastas do seu computador, em uma longa lista de notas no seu smartphone, entre um monte de outras notas e arquivos super importantes. E se quiser, não vai encontrar à noite, à luz do sol da manhã e na hora do almoço. Com vestígios de gotas de lágrimas, com dedos oleosos de criança e com vestígios de migalhas de chocolate que diluíam a brancura perfeita do lençol. Tanta coisa já foi escrita, espalhada pelos diversos cantos da alma do livro! Sinto-me quebrado, dividido em um milhão de pedacinhos, perdido. E a vida continua a acontecer. Quantas folhas a mais estou destinado a escrever? Quem sabe? Aqui, no meio do meu romance pessoal, com minha pessoa imperfeita no papel principal, congelei, como se tivesse esquecido como respirar. Sobre o que escrevi este romance? Sobre os outros - os personagens principais, que na verdade se revelaram mais importantes do que eu. Sobre o que devo fazer e como devo fazer para mantê-los, os principais, perto de mim. Como ser necessário e correto e quanto esforço colocar nisso. Um pouco mais tarde - sobre cansaço e raiva de mim mesmo por estar cansado e não aguentar. E as últimas linhas são sobre desespero, impotência e dor... O que vem a seguir? Sobre mim. Sobre meus significados e o que há dentro de mim. Sobre meu desespero, meu desamparo, minha dor. Minha raiva. Sobre como é importante para mim ser o protagonista do meu próprio romance e não ter vergonha disso, pego a caneta novamente. Linha por linha. Passo a passo mais perto de você. Este é algum tipo de sentimento novo. Como se estivesse sob a influência de um ímã, pedaços de mim começam a ser puxados dos cantos mais distantes do meu Universo. Eu os coloquei juntos em um quebra-cabeça comum. Estou me recompondo. Em breve terei 33 anos. Metade inteira da minha vida ainda está pela frente, e talvez mais. Quem sabe? Nós escrevemos a vida. E este é o romance mais fascinante que conheço. As práticas de escrita são uma das excelentes ferramentas para trabalhar durante os períodos de crise da vida. A palavra escrita nos ajuda a estar mais atentos e sensíveis ao que acontece dentro de nós. Quer conhecer o romance da sua vida? Lembra-se de capítulos há muito esquecidos, mas tão importantes? Para entender o que foi escrito pela nossa mão e o que claramente não foi escrito por nós? Esperamos você no grupo terapêutico Oficina de Histórias. A primeira aula é em 27 de novembro. Mais detalhes: https://www.b17.ru/trainings/master_istoriy/