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Recentemente, um paciente brincou, lembrando o aforismo de Woody Allen: “Sou um paciente experiente, então há muito tempo não espero nada da psicanálise”. Por que ele vai para a terapia então?, você pergunta. Muitas vezes, a psicoterapia é necessária apenas para que uma pessoa possa expressar o que está escondido em si mesma. A presença de um ouvinte ativo e “correto” (que é o terapeuta) possibilita perceber e simbolizar aquilo que nunca foi verbalizado, de forma consciente – que, às vezes, nem tem palavras. O terapeuta, ao criar a oportunidade para o paciente encontrar palavras, falar e ouvir a si mesmo, ajuda-o a compreender o que realmente está acontecendo com ele. Isso pode parecer surpreendente para alguns, mas esta é precisamente a principal ação psicoterapêutica que tem. e garante o máximo efeito terapêutico. Isso, e não resolver de forma alguma alguns problemas da vida do cliente, recebendo conselhos e recomendações úteis, garantias, consolo, etc. A maneira como o paciente usa seu novo conhecimento é, em geral, problema seu. O psicoterapeuta, na minha opinião, não é a pessoa que tem o direito de lhe dizer como deve viver. E isso, aliás, é bastante seguro e cômodo: ninguém vai dizer: “O que você acha, o mais esperto?"