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Ser líder é bom. Este é um axioma semelhante àqueles que dizem que é melhor ser saudável e rico do que estar doente e pobre. A liderança é muito importante para todos que se consideram “um dos poucos” (A. Makarevich). E é por isso que você precisa aprender a se tornar um líder. Há agora uma enorme quantidade de publicidade sobre isso (como se tornar um líder). E muitos treinadores de marcas “promovidos” ganham um bom dinheiro principalmente no tema liderança. Ou seja, um pedido sério é de conhecimento sobre a natureza da liderança e um pedido de maneiras de adquirir qualidades de liderança para si mesmo, pessoalmente. Contudo, existem necessidades de liderança ou qual é a essência das necessidades de liderança? Se usarmos a conhecida pirâmide de A. Maslow, nos encontraremos em uma posição difícil ao tentar correlacionar as qualidades de liderança com o tipo de necessidade ou instinto ali indicado. Acontece que para a autoatualização não é necessário ser um líder. A autorrealização como um processo autêntico de evolução da personalidade não requer nenhuma qualidade de liderança. Baseia-se, como escrevi e falei sobre isto anteriormente, numa posição generativa, na atualização de formas generativas de pensamento, percepção e comportamento. A liderança não é um fenómeno pessoal, mas sócio-psicológico. “É melhor ser o primeiro cara na aldeia do que ninguém na cidade.” Um líder nasce de um grupo e até mesmo de uma multidão - lembremo-nos dos acontecimentos muito recentes no Maidan de Kiev, onde indivíduos pouco atraentes se tornaram líderes de uma multidão de nacionalistas. De uma pessoa marcada pelo seu ambiente como líder, só se exige uma coisa: cumprir. Não há conformidade (com expectativas, valores, humor, etc.) – não há líder. É claro que nem todo cumprimento de um ambiente ou grupo social é bom para a personalidade de uma pessoa que se destacou como líder desse ambiente. Mas todo líder é um exemplo de conformidade como a coerção de grupo. Um líder é sempre líder apenas de um determinado grupo social, o que até certo ponto o torna dependente de sua psicologia. Isto, é claro, priva o líder da livre escolha pessoal. O grupo “sabe” a priori exatamente quais pensamentos e sentimentos seu líder deve ter. Os interesses do líder são sempre os interesses do meio ambiente. É necessário afirmar a unidade e a contradição dialética da relação entre o líder e o meio ambiente. Por um lado, o líder não pode desviar-se fundamentalmente dos interesses do grupo. Mas por outro lado, ele deve, como sujeito, ser o mais ativo e enérgico (apaixonado) para corresponder mais do que qualquer outra pessoa do grupo aos seus próprios interesses. Em outras palavras, qualquer líder contém um paradoxo inicial: pelo próprio fato de liderar, ele deve ser a personificação mais vívida - no sentido pessoal - das aspirações e expectativas do ambiente. Este paradoxo é um paradoxo entre a individualidade e o ambiente, entre a parte e o todo, entre um elemento e o sistema no qual ele é construído. Este paradoxo só pode existir e ser resolvido com sucesso no fenómeno da liderança se for alcançada uma “massa crítica de diferenças” entre o grupo e o líder. O grupo, como habitat amorfo e, em certo sentido, uniforme e espetacular de valores dos seus membros, revela neste contexto uma certa encarnação brilhante dos seus interesses. A correspondência dos interesses do meio ambiente com as propriedades do “mais brilhante da encarnação” - o elemento mais flexível do sistema é precisamente o garante da sua integridade. O líder, como indivíduo brilhante em termos deste cumprimento, é um garante da integridade do grupo. Digamos apenas que este estado de coisas - sendo o mais proeminente implementador e fiador - nem sempre corresponde aos interesses reais e autênticos do próprio líder. Eu diria que quase nunca corresponde completamente. Simplificando, em algum momento essa correspondência começa a ficar tensa e a se tornar incongruente. Pois, como observei anteriormente em discussões anteriores sobre a natureza da autenticidade humana, cada.